Essa verdade que singra a doer,
Principia no primeiro voo dos pássaros,
Quando deus, de infinitos,
Resvalou palavra
Ao coração do homem:
- Haja amor!
Uma gota salivada de verso pousou-nos
Em estágio de silêncio puro.
As andorinhas pairaram extáticas
E o humano sentiu o angustiar dos sentidos,
A ânsia do todo, a rutilância do oposto.
E homem e mulher se entrelaçaram sobre o encalço das pedras,
À sombra das árvores,
A esmo do medo,
Sob o olhar indecifrável de deus.
Nara Rúbia Ribeiro
Um comentário:
O Poema escorreu
na ogiva dos dedos.
Na ânsia do voo e do amor,
a suave manhã
libertou os pássaros...
e as palavras
se tornaram carícias!
Beijos!
AL
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