Estou cansada
E já não quero a força.
Quero ser quebrável,
Triturável,
Moída e desintegrada.
Quero ser pequena, pálida e frágil
E ver pássaros,
Em sentinela,
Pousarem calmamente em minha janela.
Quero ser simplesmente sonho,
Despir-me de adornos de ouro e prata,
E vestir uma armadura de pétalas amarelas.
Forjar um escudo de borboletas
E fingir afugentar leões
Ao entoar acalantos.
Quero a ousadia de esconder-me
No canto mais colorido da alma,
Quando, travestida de calma e ternura,
Eu tenha a coragem de não temer a candura.
Nara Rúbia Ribeiro
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