Ao chegares,
Quando chegares,
(Se é que um dia chegarás)
Traga de ti todas as idades certas,
Todos as medos do mundo...
Toda toada de dor.
Traga o teu desamor
E desarma-te.
Sou teu abrigo,
E meu telhado é de vitral de esperança.
Minhas janelas,
Oráculos de azulada luz.
Meu chão é de fato o duro chão da realidade das coisas,
Mas estendo sobre ele meu tapete de ilações de afeto
E deito-te nas almofadas ali casualmente jogadas,
Em cores diversas, como o arco-íris do céu.
E entregar-te-ei a palavra mais certa
Para que de ti despertes,
Despetales a desilusão de teus sonhos
E te desprendas de tudo aquilo que não seja eu.
Nara Rúbia Ribeiro, em 2.009
para G.M.Sobrinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário