sexta-feira, 26 de agosto de 2011

FANTASMAS

Tenho sonhado pouco.
Dormido pouco.
Pouco de mim tem comigo estado.

Visito fantasmas constantemente
E eles também me visitam
Em noites de lua clara
Ou em dias de sombria luz.

Existe uma lacuna na alma:
A palma da mão do mundo nada diz sobre o meu destino.
Desatino.

Cantarei um hino de chão e de pó,
um hino de andarilho inútil,
Um verso fraco, falho
E humildemente só.

Nara Rúbia Ribeiro

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!

Ariadne disse...

Que belo o seu poema, Nara! Quantos de nós não nos sentimos assim também nestes dias> Parabéns! Beijos!