terça-feira, 30 de agosto de 2011

AJUDA-ME


Ajuda-me, por favor, ajuda-me...
Segura nessa outra borda,
Ela também transborda palavra.
Meu poema deve ser subscrito,
Por todos os aflitos do mundo
E carregado de bom grado,
Por todos os irmãos
Que se compadeçam
De minhas mãos.

A poesia pesa.
É uma reza comprida
Que muito nos complica
Quando se ama desmedidamente,
Em profusão.

Assim, das profundezas de meu ofício poético,
Em meu vício de versejação,
Quero um poema que não seja estético,
Mas que tenha um refrão dialético
E esteja escrito
Por mãos que incontáveis são.

Nara Rúbia Ribeiro

Um comentário:

carlos pereira disse...

Minha cara amiga Nara;
Excelente poema; muito bom.
Gostei imenso.