segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FLORISTA


-"Aceita uma rosa?"
Perguntou a pequena florista
À bela jovem d'alma arrefecida de ausências.
Esta sorriu, indiferente,
E nada respondeu.
A florista perguntou novamente:
-"Aceita uma rosa?"
E a bela segredou-lhe, baixinho:
- "Não... já não me alegra a ternura das flores,
Pois minhas mãos enfaixadas estão
E é tão triste o meu caminho!
Não sou digna do perfume das rosas,
Pois com minhas mãos retirei,
De minha fronte,
A minha própria coroa de espinhos."

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