domingo, 7 de agosto de 2011

LESMEAR


Plasmei uma montanha sem cimos
Num horizonte sem aporte no tempo.
Um colibri abriu as asas
E protegeu a imensidão do destino.

Era noite e eu não sonhava.
Precisava contemplar os muros
E ver até onde daria
Aquele visgo rastejante das lesmas.

Minha mãe notou a cama vazia
E tomou norte do quintal da casa,
Ralhando desinconformada.

Lesmeei.
Na lentidão dos meus passos,
Deixei rastros luminescentes no chão.

É assim que se faz história.

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