terça-feira, 9 de agosto de 2011

LÁGRIMA

Deitei-me calmamente.
Sobre a minha face,
Uma lágrima se deixava evaporar
Silente,
Sabedora do eterno ciclo das águas.

Arrependi-me.
Quisera ter colhido aquela gotícula de dor
Em um frasco colorido
Pintado com motivos florais.

Desde então,
Dei para sorver,
Em dias tempestuosos,
A água da chuva
Na esponja da alma.


E em tudo aquilo que me alaga o peito
Eu sinto o gosto daquela lágrima

Um comentário:

Jose Carlos Sarmento disse...

Continuas a fazer Arte Sublime.
Tu és a Poesia que eu procuro na minha pintura. Tu és a POETA onde o Sol busca e encontra o dourado com que pinta as águas ao amanhecer.

Porquê uma "gotícula de dor" e não uma Goticula de prazer? As lágrimas duma Mulher como Tu são GOTÍCULAS DE SAGRADO PRAZER. Nessas pérolas a que chamas lágrimas, o Sol reflete a sua luz e sorri de felicidade.
Parabéns Nara